A tal da empatia - A dificuldade de se colocar no lugar do outro.

Mãos segurando flores


A tal da Empatia


Quem nunca passou por uma situação de decepção na vida? Todos nós já estivemos em situação difícil. Pode ser um relacionamento que acabou, um parente que se foi, algum amigo que se mudou para longe... 

Qualquer que seja a situação, é comum, em situações assim buscarmos conforto falando sobre nossos problemas com outras pessoas. Porém, muitas vezes as pessoas acabam fazendo você se sentir muito pior.  

A dificuldade de ter empatia é muito grande, e isso também não é culpa das pessoas. Acontece que a forma como vemos o mundo tem a ver com a sua herança familiar e com as suas experiências de vida. Por este motivo devemos ter muito cuidado ao lidar com o emocional de outras pessoas.  

Se uma amiga vier conversar com você porque se decepcionou com o namorado, e você diminuir o sentimento dele dizendo algo do tipo: “Isso não é nada” ou “Não fique triste” ou pior “Esquece ele!”  você pode piorar a situação, fazendo com a pessoa se sinta culpada por estar triste, por exemplo. 

Algo que me chamou a atenção recentemente foi encontrar a frase “Se for para desistir, desista de ser fraco” como uma frase motivacional. Como podemos olhar para o outro e dizer que ele é fraco? Não cabe a nós decidir o que é ser forte ou ser fraco, pois cada um tem sentimentos únicos e uma forma muito particular de observar e experienciar o mundo. Não somos todos iguais. 

Já ouvi muitas histórias absurdas. Uma mulher viúva voltou ao trabalho, após o período de luto e uma colega lhe disse “Você tem que passar por isso!”. 

Outra moça foi traída pelo marido, ficou muito triste com a descoberta e quando foi desabafar com a sua amiga o que recebeu foi um, “Mas você foi burra!”.  

Eu poderia continuar, mas acho que estes foram bons exemplos! Essa dificuldade de se colocar no lugar do outro acontece justamente porque cada um de nós foi moldado por diferentes experiências de vida. Quando um amigo conta uma situação você imediatamente busca na sua cabeça uma experiência similar e diz, com base na sua experiência, a sua opinião. 

Porém antes de falar, é muito válido analisar seus comentários de forma crítica, porque é necessário ter responsabilidade com as emoções do outro. Se você superou o fim de um relacionamento entrando no Tinder e saindo com várias pessoas. Ótimo, isso é válido para você, mas assumir que o outro deve lidar com isso da mesma forma é ingenuidade.  

Temos que respeitar o outro, respeitar o tempo do outro, respeitar as experiências do outro, respeitar os sentimentos do outro. E se colocar no lugar do outra para entender que as experiências não são iguais e não tem problema nisso. Muitas vezes vale muito mais um “vamos tomar um café” do que um “Esquece isso”!  

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