A cultura da empresa pode afetar negativamente os colaboradores

Cultura Empresarial


Por que as empresas precisam aceitar seus colaboradores?


A palavra trabalho já tem uma origem polêmica, etimologicamente falando, ela remonta à tortura, ou mais precisamente, ao ato de ser torturado com um instrumento específico: o Trippalium. 
Tantos anos depois, e para muitos o ato de trabalhar ainda se relaciona à tortura, fisicamente ou psicologicamente.  
A realidade do brasileiro é se conformar com o trânsito desesperador ou com a sufocante lotação dos transportes públicos. Mas além disso, existe algo que também contribui para que, ainda hoje, os colaboradores se sintam tão desmotivados ao trabalhar, ou que faça com que o trabalho seja literalmente uma tortura: o simples fato de que muitas empresas não aceitam a personalidade de seus colaboradores. 
O que eu quero dizer com isso?  
Bom, a tendência hoje é fazer com que trabalho e felicidade andem juntos, e um dos pontos primordiais para que isso ocorra é bastante simples: fazer com que o colaborador não tenha que incorporar uma “persona” diferente para ser aceito na empresa. E acredite, isso faz toda a diferença! 
Além de diversas mudanças estruturais e arquitetônicas nos ambientes corporativos, há também uma questão importante que algumas empresas, principalmente startups, notaram ser algo crucial para o bem-estar do colaborador: a liberdade de ser quem você é. 
Há algumas semanas, na empresa em que eu trabalho, notamos que uma colega havia mudado completamente a forma de se vestir e até de pentear os cabelos. Ela estava tentando se encaixar em um padrão de vestimenta que era mais comum na empresa. O resultado de não poder ser quem ela é foi: uma mulher de cabeça baixa, triste e desmotivada.   
Tendo em vista o efeito negativo que imposições corporativas podem ter sobre a saúde mental de seus funcionários, apresento a vocês: Razões para aceitar a personalidade dos colaboradores. 



Autoestima boa, bons resultados. 

Estar feliz com o seu “eu” e consequentemente demonstrar confiança em si e em seus atos. 
Como a própria definição diz, um colaborador com a boa autoestima terá mais confiança em seu trabalho e em si mesmo. Desta forma, não apenas ele poderá executar suas funções de uma forma melhor, mas também poderá se relacionar melhor com seus colegas de trabalho, deixando o ambiente corporativo mais leve. 
E pode ter certeza, um trabalhador feliz só traz benefícios e resultados positivos para uma empresa. Sabe a tal da produtividade e proatividade? Essa pode ser a chave para alcançar estes resultados dos colaboradores.

Lealdade dos funcionários 


Um grande desafio para as empresas, é conseguir a lealdade de seus colaboradores.  
Por que isso é tão difícil? Pois bem, as novas gerações, os Millenials, já não tem o sonho de trabalhar a vida toda na mesma empresa e se aposentar. 
Tendo isso em vista, o que faz estas gerações permanecerem em uma empresa por mais tempo é o fato de estarem alinhados à cultura da empresa.  Isso acontece, pois, estas gerações são muito mais engajadas social e ambientalmente. 
Na prática, isso significa que se a cultura da sua empresa não é aberta à diversidade e ainda não entendeu que empresas são feitas por pessoas, os funcionários simplesmente te trocam por uma empresa que atenda a estes requisitos! 

Engajamento faz a diferença 


Você não pode reclamar que o seu funcionário não “veste a camisa da empresa” se você não permitir que ele use sua camiseta dos Vingadores enquanto trabalha! 
Basicamente, quanto mais confortável o colaborador estiver, melhor ele vai trabalhar. 
Aliás, vai além disso! Ele não estará apenas satisfeito com a empresa, mas também o nível de engajamento aumenta consideravelmente. 
Ter um colaborador engajado, significa ter a certeza de que este colaborador, faz o possível e até o impossível para ajudar a empresa a alcançar seus objetivos, não por exigência, mas porque aí sim ele estará “vestindo a camisa”. 
Lembrando que “vestir a camisa” não significa de forma alguma “se sacrificar pela empresa”. 
O colaborador engajado é aquele que busca por melhorias constantemente, é aquele que irá apontar onde exatamente está o erro e quais são as opções para fazer mudanças necessárias. 



Deu para perceber que, as empresas precisam deixar para trás toda cultura que de qualquer forma, faça com que o seu colaborador se sinta oprimido.  
Não é necessário usar terno, gravata, salto e entupir o rosto de maquiagem para que se faça o bom trabalho, na verdade está longe de ser este o critério para formar uma boa equipe.  
Passamos mais tempo no trabalho, do que em nossas próprias casas, então não temos motivo para continuar a torturar colaboradores com formalidades desnecessárias. Trabalhar esta liberdade na sua empresa pode fazer uma diferença enorme! Que tal testar? 


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